Galeria V Congresso da Cidade

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PUC reúne mais de 100 pessoas para discutir Mobilidade Urbana










Cerca de 120 pessoas estiveram reunidas na noite de quarta-feira no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC para discutir a Mobilidade Urbana de Porto Alegre. Esse foi o segundo seminário organizado pela instituição dentro do Eixo do Desenvolvimento Urbano Ambiental do V Congresso da Cidade.

De acordo com o coordenador dos trabalhos, professor Paulo Regal, esse segundo encontro permitiu avanços em relação às discussões do primeiro seminário, que havia tratado do tema da Regularização Fundiária e Áreas de Interesse Social, porque tanto os problemas da cidade, quanto as soluções que têm sido buscadas, revelam a necessidade de integração. “As questões relativas ao desenvolvimento urbano não podem ser discutidas de forma dissociada. Qualquer solução passa pela necessidade de uma ação conjunta na busca de alternativas, especialmente em relação à mobilidade urbana, tema muito atual e presente na vida das pessoas”, avaliou o professor.

Durante o encontro, foram apontados pelos palestrantes Rômulo Krafta, da UFRGS, e a arquiteta Nívea Oppermann, da Unisinos, alguns dos desafios em relação à mobilidade urbana da cidade. Também foram alinhadas possíveis soluções, como, por exemplo, a implantação definitiva do plano cicloviário. Questões relativas ao impacto de reassentamentos, obras públicas e grandes intervenções que Porto Alegre sofrerá devido à Copa do Mundo também foram destacadas.


- O trabalho da PUC tem demonstrado a importância da integração entre universidades e as redes de participação da cidade. Mas do que isso tem mostrado que é possível agregar novos atores à discussão sobre o futuro da cidade, como estudantes, técnicos, intelectuais e cidadãos comuns, avalia o diretor de Governança da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local, Plínio Zalewski.

ALGUMAS AVALIAÇÕES DO ENCONTRO:
 O professor da UFRGS Rômulo Krafta iniciou o seminário com uma exposição sobre o significado e a importância da mobilidade urbana, definida por ele como um “bem fundamental” para a sociedade. Krafta apontou diversos problemas da capital gaúcha, como a pouca quantidade de vias de apoio, ou ruas alternativas, para locomoção.

A representante da Metroplan Nívea Maria Peixoto destacou a criação do PITMurb – Plano Integrado de mobilidade urbana no Âmbito da Região Metropolitana de Porto Alegre, parceria entre Prefeitura, Metroplan e Trensurb. Além disso, fez a defesa de um modelo de mobilidade sustentável, no qual é preciso melhorar a qualidade do transporte público, promover a substituição de carros por bicicletas, estimular a caminhada e conscientizar ecologicamente a sociedade.

A gerente de Transporte da EPTC, Maria Cristina Ladeira, apresentou o atual estágio de mobilidade urbana de Porto Alegre. Uma das metas da entidade para 2014 é chegar a 100% da frota de ônibus acessível a deficientes físicos. Atualmente, apenas 639 dos 1657 veículos são adaptados.

Também representando a Prefeitura e EPTC, o engenheiro Luís Cláudio Ribeiro trouxe ao público o projeto da construção do metrô na Capital, dividido em duas fases. A primeira deve ficar pronta para 2015, e vai da Fiergs (Av. Assis Brasil) ao Centro (Rua dos Andradas). Já a segunda fase, para 2025, ligará o Centro, pela Av. Bento Gonçalves, até a Av. Antônio de Carvalho. A ideia é construir, futuramente, um anel metroviário que abarque as regiões com maior concentração de fluxo de pessoas. A estimativa de custo da obra, para a primeira fase, é de R$ 2,47 bilhões, sendo R$ 1,58 bilhões do governo federal e R$ 888 milhões de contrapartida do Estado e Prefeitura.

Após as palestras, o espaço para debate foi aberto. A conselheira do Plano Diretor da RP8, conhecida como Gringa, reclamou a inclusão da Zona Sul e Restinga nos projetos de mobilidade. “O bairro Restinga está se transformando em cidade”, argumentou, referindo-se a diversos projetos de habitação que estão sendo construídos na área e que não têm soluções paralelas de atendimento ao transporte público.

A líder comunitária da Região Partenon, Marília Fidel, questionou qual o custo que o metrô acarretará nas passagens de ônibus. Para ela, a construção do trem deve servir como saída para baratear as conduções já existentes.

A ATUAÇÃO DA PUC NO V CONGRESSO DA CIDADE:
 A instituição é responsável pelas discussões do Eixo do Desenvolvimento Urbano Ambiental no âmbito do V Congresso da Cidade. Outras três universidades coordenam as discussões sobre outros três Eixos: Desenvolvimento da Cidadania (UFRGS), Humano (Unisinos) e Econômico (Ulbra). Os trabalhos na PUC são abertos ao público e estão sendo coordenados pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. A PUC constituiu quatro grupos específicos de trabalho, que se reúnem para agregar propostas.

04/05 – Foi realizado o Seminário sobre Regularização Fundiária e Áreas de Interesse Social
01/06 – Seminário sobre Mobilidade Urbana.

Próximos passos:
06/07 e 07/07 – Seminário sobre Regularização Fundiária, Habitação de Interesse Social e Mobilidade Urbana
9/8 – Edificações – Patrimônio/Densificação/Verticalidade
15/9 – Meio-ambiente, Áreas Verdes e Fauna
11/10 – Paisagem Urbana e Espaços Públicos
31/10 e 01/11 – Seminário

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