Galeria V Congresso da Cidade

quinta-feira, 2 de junho de 2011

5º Congresso da Cidade abordará fauna e flora







Amanhã, 3, será a vez do bairro Lami (Extremo Sul) participar da Etapa Bairros do 5º Congresso da Cidade. O encontro que reunirá para o debate participativo lideranças comunitárias, empresariais e do Terceiro Setor acontencerá na Escola Genoveva da Costa Bernardes, na Estrada Otaviano José Pinto, 50, às 19h30. Temas como proteção ao meio ambiente (Fauna e Flora), educação, saúde, desenvolvimento humano e econômico serão amplamente debatidos pelos atores sociais do território. Os encontros têm o objetivo de definir Motes e Metas para a comunidade e serão realizadas nos 82 bairros até julho.

As decisões dos bairros serão levadas a outros encontros, nas regiões de Planejamento e do Orçamento Participativo, além de integrarem a rodada final do Congresso, em novembro, quando as definições dos territórios serão discutidas no conjunto da cidade. As ações de desenvolvimentos que serão deliberadas nas próximas reuniões do 5º Congresso da Cidade dos bairros, visam a preparar e projetar os territórios para a Copa de 2014 e para ano de 2022, quando Porto Alegre completará 250 anos.

Lami
O bairro pertence à Região de Orçamento Participativo Extremo-Sul e tem 3.493 habitantes, representando 0,26% da população do município. Com área de 28,2 km², representa 5,92% da área do município, sendo sua densidade demográfica de 123,87 habitantes por km². A taxa de analfabetismo é de 9,2% e o rendimento médio dos responsáveis por domicílio é de 4,4 salários mínimos.

História
O Lami, até a década de 70, se caracterizava por ser um bairro povoado por pescadores e bastante isolado do restante da cidade. Nessa época, era possível para seus habitantes tirar do Guaíba seu sustento, pois as águas do rio não se apresentavam impróprias para estas atividades. O fato de não possuir vias de ligação com o centro da cidade dificultava muito tanto atividades balneárias por parte dos demais porto-alegrenses, como uma maior integração econômica entre os pescadores e os locais de venda de seus produtos. A situação começaria a mudar a partir da década de 70, quando dois fatores influíram para uma maior atenção em relação ao bairro: a construção de uma estrada de asfalto entre o Belém Novo e o Lami, bem como a constituição da Reserva Biológica do Lami. Esse novo acesso ao bairro Lami possibilitou uma integração econômica com o restante da capital, assim como as atividades turísticas puderam ser desenvolvidas a partir de então. Já a Reserva Biológica do Lami representou uma das primeiras iniciativas ambientais implantadas por qualquer capital do Brasil. No entanto, ainda na década de 50, aquela área fora inicialmente projetada para abrigar uma vila popular e depois pensada como um possível local para a sede recreativa dos funcionários municipais. Ambas as propostas foram abandonadas devido ao terreno alagadiço, que forçava a necessidade de um aterro prévio, tornando muito caros tais projetos. Inicialmente projetada para possuir uma extensão de 71 hectares, a Reserva abarcava toda uma vegetação que, embora não mais original, se apresentava bastante diversificada, com árvores como figueiras, ipês e araçazeiros, bem como uma fauna (mais da metade das aves registradas em Porto Alegre) que sazonalmente retorna à região em busca de repouso. A área seria destinada a pesquisas, e não à visitação pública. Depois de ter anexada a região do Arroio do Lami, a Reserva Biológica passou a ter 180 hectares, através da compra de terrenos limítrofes. Outro destaque do bairro é a presença da Reserva Indígena Guarani, que continha 23 famílias guaranis em fevereiro de 2005. A instalação do aterro sanitário do Lami foi motivo de discussão, devido à proximidade deste com a Reserva Biológica. Apesar de possuir um tempo de uso de apenas 5 anos (a partir da sua finalização em 1997), foi responsável pelo processamento de metade de todo lixo produzido pela capital em 2000. Depois de sofrer com sérios problemas de falta de infra-estrutura durante a década de 80, o Lami foi progressivamente recuperado. O bairro foi o primeiro a ter suas águas liberadas para banho, em 1992, e através de um novo projeto de urbanização e paisagismo, recebeu um calçadão e um novo sistema de iluminação pública. Referências bibliográficas: AHPAMV, Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho. Http://www.portoalegre.rs.gov.br

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