Galeria V Congresso da Cidade

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bienal do Mercosul mostra a cidade sob outro ponto de vista

A população de Porto Alegre que circula pelo Centro Histórico da cidade tem visto uma movimentação diferente nos últimos dias. Andaimes cobrem a fachada da Prefeitura Municipal e a chaminé da Usina do Gasômetro, mas o que ocorre ali não é sinônimo de reforma, mas a montagem de obras de arte que vão fazer parte da 8ª Bienal do Mercosul, na mostra Cidade Não Vista.

Na prefeitura, o artista japonês Tatzu Nishi vai criar um quarto de dormir, incorporando elementos da fachada do edifício. O ambiente poderá ser visitado a partir do dia 10 de setembro, data de abertura da Bienal.

Tatzu Nishi é mundialmente conhecido por estabelecer uma relação entre público e o privado em suas instalações. A partir de andaimes e estruturas provisórias de construção, que permitem que o público tenha acesso aos monumentos sob outro ponto de vista, o artista produz salas de estar mobiliadas e quartos de hotel, em que fragmentos de monumentos públicos tornam-se partes do mobiliário doméstico.

Na chaminé da Usina, a obra que está em montagem é a de Oswaldo Maciá, onde quatro caixas de som instaladas a cada 20 metros dentro da chaminé reproduzem uma “sinfonia de bigornas” que tocam o “martinete”, um ritmo tradicional dos ciganos de Granada/Espanha.

O trabalho de Oswaldo Maciá põe em xeque nossas certezas. A partir do som, sua obra rompe com o objetivismo e valoriza as ambiguidades da percepção. Ao longo de seu percurso, Maciá construiu vídeos, instalações e esculturas sonoras e olfativas que nos fazem perceber o ambiente com mais acuidade e atenção.

A 8ª Bienal do Mercosul será realizada de 10 de setembro a 15 de novembro de 2011. Sob o título Ensaios de Geopoética, a 8ª edição da Bienal trata da territorialidade e sua redefinição crítica a partir de uma perspectiva artística. Reúne 105 artistas de 31 países que desenvolvem obras relevantes para discutir noções de país, nação, identidade, território, mapeamento e fronteira sob os aspectos geográficos, políticos e culturais.

Mais informações no site da Bienal.

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